Quais são as verdadeiras
necessidades das crianças?
A primeira necessidade é
espiritual – nascer no reino de Deus. Jesus satisfez as necessidades
espirituais primárias com tanto cuidado e firmeza quanto supriu as necessidades
físicas das pessoas. Os professores e pais devem seguir Seu exemplo, fazendo do
aspecto espiritual uma necessidade, e seguindo a Deus em busca de outras
necessidades:
1. Significado: As crianças
precisam ter um profundo senso de segurança, de serem amadas, valorizadas e
importantes.
2. Confiança: Devem desenvolver
confiança no caráter dos adultos que mais influenciam suas vidas.
3. Aceitação: As crianças devem
adquirir um valor pessoal, baseado na aceitação de sua própria individualidade
como presente de Deus. O tratamento da criança pelo adulto deve comunicar
plenamente o seu valor e potencial.
4. Propósito: Se as crianças se
virem como tendo um lugar na história e enxergarem os eventos de suas vidas à
luz de um Deus providente, então poderão ter segurança em relação ao seu
presente e futuro.
5. Trabalho: Precisam de
atividades que sejam reais para elas; atividades significantes, intrigantes,
não de atividades confusas e cujo objetivo é apenas o entretenimento. Precisam
de enobrecimento ou ocupação de maneira que possam adquirir a visão do valor de
sua vida e propósito.
6. Sabedoria: As crianças
precisam de orientação sábia da parte dos adultos para ajudá-las a entender
suas experiências e interpretar o seu mundo através de princípios.
7. Modelos de autogoverno
Cristão: As crianças necessitam de modelos de adultos autogovernados por Deus
que aceitam a Sua autoridade, conhecimento e sabedoria, e que representam o
governo de Deus em suas vidas.
8. Modelos de Caráter Cristão: As
crianças necessitam de modelos adultos que exemplifiquem as qualidades pessoais
do caráter cristão vitorioso, que sejam produtivos e comprometidos, e que as
inspire.
Nossas atitudes com
as crianças devem ser pautadas pelas atitudes que Jesus expressou em seus
relacionamentos com os indivíduos. Seu respeito pelo valor de cada pessoa deve
nos inspirar a demonstrar profunda e genuína apreciação pela individualidade de
cada criança. Ele foi genuíno, investindo tempo e concedendo sincera atenção
aos indivíduos no nível humano, tornando-se acessível às pessoas. Jesus tornou
o Seu ensino algo concreto, dando a Seus estudantes a verdade tangível e
apresentando a mensagem mais abstrata que já existiu com as palavras mais
concretas e mais facilmente compreendidas. Ele prontamente confrontou as discrepâncias
entre a convicção verbal e a realidade da vida, detectando e comunicando-se em um estilo de mentoreamento
com o objetivo de levar cada indivíduo à sua mais plena expressão.
Como mestres, os
métodos e currículo da Abordagem por Princípios, nos permitem a liberdade e
expressão criativa para satisfazer as necessidades reais de nossos estudantes
de maneira plena.
Vemos cada
criança como um indivíduo de infinito valor, feito à imagem de Deus e digno de
nosso respeito. Vemos cada criança como plena, pronta a ser cultivada,
inspirada, consagrada e instruída, ao invés de as vermos vazias, servindo
apenas para serem estimuladas, motivadas ou doutrinadas.
Vemos as
necessidades tutoriais dos estudantes, que cada um, como indivíduo, tem direito
a ser atendido em seu próprio estilo de aprendizado e instrução, que cada
criança pode ser elevada a um padrão digno. Labutamos para que nossos
estudantes produzam, não apenas consumam – expressando-se nas artes, música,
drama e atletismo, desenvolvendo cada talento e exercitando todo o seu
potencial.
Cada disciplina
do currículo possui uma verdade que, quando capturada e comunicada por um
professor inspirado, inculca o amor pela verdade e pela beleza. O amor do
professor/erudito pela disciplina e pela criança é um “livro vivo.”
Por sabermos que
a verdade satisfaz, identificamos a verdade bíblica em cada disciplina, dando a
nossas crianças o pão da vida como dieta firme, não somente migalhas.
Mostramos-lhes a plenitude do propósito de Deus para o ser humano na história
de maneira que possam se colocar seguramente no reino de Deus, certos de qual é
o seu lugar, capazes de aceitar sua posição na corrente do cristianismo e
vislumbrar o propósito de suas vidas pessoais.
“Deixai vir a
mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus. E,
tomando-as nos seus braços, as abençoou,pondo as mãos sobre elas.” Marcos
10:14-16
Que nossas
crianças sejam da mesma maneira abençoadas, que conduzam sua geração a Cristo e
que Ele seja glorificado.
Extraído de: “A Idéia Cristã de Criança
– Concepção e Implicações” – Publicado pela AECEP
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